Por: Nelli Célia
Quantas histórias e quantos provérbios, que conhecemos, os quais não sabemos seus autores quem foram mas, o importante é a mensagem que eles trazem, assim essa poesia ( Oração) que está neste artigo, chega ao nosso conhecimento, como uma carta encontrada no bolso de um soldado, morto em batalha.
Verdade ou não, o conteúdo deste texto, é um desabafo de alguém que diante da morte, se encontra com Deus. Esse é o ponto maior desta narrativa; encontrar Deus. Muitas vezes, O procuramos sem saber que tão dentro de nós Ele está, pois, somos “ Sua “ emanação.
Há alguns anos, participei de um espetáculo, criado e dirigido pela bailarina e coreógrafa, Andréa Lucchi, intitulado: “ Poeme “ e declamei essa poesia, na frente de um balé, que retratava um soldado em campo de batalha, foi muita emoção que senti em cada palavra que pronunciei. Hoje no meio de tantos conflitos, oremos a Deus pelos soldados em campo de guerra ou em suas guerras íntimas, para que encontre Deus, no meio desses conflitos.
“ Oração do soldado morto em campo de batalha”
Escuta Deus:
Jamais falei contigo.
Hoje quero saldar-te. Bom dia! Como vais?
Sabes? Disseram-me que tu não existes.
E eu tolo, acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado as tuas obras.
Ontem à noite, da trincheira rasgadas por granadas, vi teu céu estrelado, e
Compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertarás a minha mão.
Vou te explicar e hás de compreender
Engraçado: neste inferno hediondo.
Achei a luz para enxergar teu rosto.
Dito isto, já não tenho muita coisa a te contar.
Só que…que…Tenho muito prazer em conhecer-te.
Faremos um ataque à meia-noite.
Não sinto medo.
Deus sei que tu velas…
Ah! É o clarim! Bom Deus devo ir embora.
Gostei de ti…vou ter saudade…Quero dizer: Será cruel a luta, bem o
Sabes, e esta noite pode ser que vá bater-te à tua porta!
Muito amigos não fomos, é verdade.
Mas…estou chorando!
Vês, Deus, penso que já não estou tão mal.
Bem, Deus, tenho de ir.