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Artista canta os poemas musicados de João Cabral de Melo Neto, presentes em seu novo álbum, e lança o clipe da faixa “O Fim do Mundo”

Tem lançamento de disco no palco virtual do Itaú Cultural! Trata-se de “A Paisagem Zero”, novo trabalho da cantora, compositora e percussionista corporal Helô Ribeiro. Imersa nos poemas da primeira fase do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto, a artista os recriou para novos ouvintes. No próximo dia 20 de agosto, sexta, Helô apresenta as canções, ao lado dos músicos Pipo Pegoraro (guitarra e teclados) e Meno Del Picchia (baixo e vocais). 

Poeta essencial brasileiro, avesso à escrita subjetiva, João Cabral de Melo Neto (1920-1999) teve  o rigor como condutor de sua escrita e foi responsável pelo surgimento de uma poesia original,  fortemente imagética. Helô Ribeiro, no novo trabalho “A Paisagem Zero”, lançado em junho de  2021 pelo Selo Sesc, se debruçou sobre a obra do poeta e se viu ligada a essas imagens  potentes para propor a comunhão entre música e poesia neste álbum autoral. 

O projeto já era um desafio: transformar poemas em canções. “Mais difícil ainda: transformar  poemas consagrados de João Cabral de Melo Neto em letras de canções contemporâneas,  criadas pela própria artista, boa parte delas embebida na dicção da balada, do rock e do pop”,  escreveu o músico, linguista e professor Luiz Tatit sobre o álbum. 

Ao propor esse olhar, Helô trouxe para o disco uma atmosfera predominantemente urbana e pop,  criando uma fusão entre o Nordeste de João Cabral e o cenário paulistano do qual ela faz parte. A  sonoridade remete a referências como Mutantes e Secos e Molhados, que dialogam com o  onirismo e a psicodelia dos poemas escolhidos. 

Como resultado dessa mistura de influências e referências, os poemas de João Cabral  reverberam ao som de guitarras elétricas, teclados e efeitos eletrônicos que se fundem com  instrumentos tradicionais de orquestra, como cordas e metais, em uma estética múltipla e  fragmentada, rompendo a fronteira entre o culto e o popular. Uma forma de “trazê-los aos ouvidos  jovens”, como também lembrou Tatit. 

O álbum A paisagem Zero abarca poemas da primeira fase do escritor, das edições de “Pedra do Sono” (1942) e “O  Engenheiro” (1945), considerada a mais onírica e visual de sua obra, em que é apontada forte  influência surrealista e cubista. “Quando li esses poemas, as soluções melódicas e harmônicas  vieram facilmente. Os versos foram conduzindo a composição de uma forma muito orgânica”,  conta Helô, que além da carreira solo é integrante do grupo Barbatuques desde sua criação, em  1995, e do projeto Sons e Furyas – com o qual também desenvolve um trabalho aproximando  música e literatura com o escritor André Sant’Anna e a compositora Vanessa Bumagny. 

No show do dia 20 Helô apresentará em trio versões mais intimistas das canções do novo álbum, aproximando-as do formato original em que foram compostas, e aproveita a ocasião para lançar o clipe de animação inédito “O Fim do Mundo”, criado por Marcio Mota. O vídeo traz uma leitura lisérgica e surrealista do poema de João Cabral musicado por Helô. Através de imagens psicodélicas, o clipe aborda o sonho e a poesia durante tempos sombrios em um mundo distópico, algo que se aplica muito bem ao que estamos vivendo nos dias atuais como nação.

Repertório do show: 

1. Telescópios 

2. O Fim do Mundo  

3. A Viagem 

4. O Rio 

5. Os Primos 

6. A Moça e o Trem 

7. A Paul Valéry 

8. A Paisagem Zero 

9. Poema Deserto 

10. A Mulher Sentada 

Serviços do show:  Helô Ribeiro [com interpretação em Libras]

sexta 20 de agosto de 2021 às 20h 

[duração aproximada: 70 minutos]

on-line – plataforma Zoom/Sympla

Palco virtual – 270 ingressos

[livre para todos os públicos]

Atividade gratuita

Reserve seu ingresso: https://www.sympla.com.br/helo-ribeiro__1292408 

Helô Ribeiro (bio) 

Cantora e compositora paulistana, integra o grupo de percussão corporal Barbatuques desde sua  fundação, em 1995, com o qual se apresenta e ministra oficinas regularmente no Brasil e no  exterior. Tem composições registradas em três álbuns do grupo. 

Já tocou ao lado de músicos como Hermeto Pascoal, Bobby McFerrin e Naná Vasconcelos. Faz  parte da banda performática Sons e Furyas, que reúne música e Literatura, ao lado de Vanessa  Bumagny, Zeca Loureiro, Henrique Alves, Rogério Bastos e o escritor André Sant’Anna. Em seus  shows, o grupo já recebeu convidados como Sérgio Sant’Anna, Marcelino Freire, Caio Blat,  Fernanda Dumbra, Tatá Aeroplano e Rafael Castro. Compôs músicas para as peças “120 Dias de  Sodoma” e “De Profundis”, para a companhia Os Satyros (nesta última também participando como  cantora e atriz).  

Em 2010, lançou seu primeiro trabalho solo, o álbum “Espaço Invade”, com produção de Rô  Fonseca. Atualmente também participa do projeto poético-musical Gélida Sinfonia, que traz  parcerias suas com poetas como ArrudA, Luz Marina, Florbela Espanca, Marcelino Freire e  

Eveline Sin. A banda é formada por Pipo Pegoraro, Loco Sosa, Mairah Rocha e Lucas Gonçalves  e teve seu show de estreia no início de 2020, no Sesc Belenzinho. “A Paisagem Zero” é seu  segundo trabalho autoral. 

Pipo Pegoraro (bio)

Pipo é músico e produtor musical, tem quatro álbuns autorais lançados e três indicações ao Grammy Latino.

Nos últimos anos divide seu trabalho colaborando como produtor musical na criação de materiais de artistas como Xênia França, Serena Assumpção, Aláfia, Filipe Catto, Beto Montag, Dani Nega, Laura Wrona, entre outros.

Também atua como músico (side-man) em shows de artistas como Xênia França, Péricles Cavalcanti, Helô Ribeiro, Acorda Amor (projeto que reúne cinco cantoras: Luedji Luna, Letrux, Maria Gadú, Xenia França e Liniker), entre outros, e agora devido `a pandemia teve suas atividades interrompidas.

Seu novo álbum instrumental lançado em janeiro de 2020, Antropocósmico, flerta com a estética musical eletrônica, mas sua execução e materialização foi toda concebida com instrumentos analógicos.

MENO DEL PICCHIA (bio) 

Músico e antropólogo, seu trabalho atravessa o universo sonoro pela arte, a pesquisa  acadêmica e a produção musical. 

Em 2020, lançou seu quarto disco solo “Pele de Água”, gravado durante os primeiros  meses da pandemia. No mesmo ano, teve seu documentário musical “Crie Seu  Espaço” veiculado na programação do Canal Arte 1. Lançou em 2016 seu terceiro  disco solo “Barriga de 7 Janta”, contemplado pelo Prêmio ProAC do Estado de São  Paulo; ao mesmo tempo em que realizava sua pesquisa musical no Doutorado da  Antropologia Social da Usp, investigando o Funk em São Paulo. A tese da pesquisa foi  defendida em Março de 2021.  

No teatro, em 2020 foi indicado ao Prêmio Shell pela direção musical da peça  “Injustiça”, da CIA de Teatro de Heliópolis. Em 2017, assinou a direção musical da  peça “Sutil Violento”, também com o grupo de Heliópolis. 

Criado em Bragança Paulista, Meno conviveu de um lado com a família paterna e a  herança modernista deixada por seu bisavô Menotti Del Picchia. De outro lado, com a  catira, a moda de viola tocada pelo avô materno Zicão (que gravou um disco nos anos  80) e as festas tradicionais do interior de São Paulo. 

Como instrumentista, também integra os projetos de Otto, Guizado, Cacá Machado e  Bruno Batista. Meno já tocou com diversos artistas como Karina Buhr, Tulipa Ruiz,  Alessandra Leão, Ricardo Herz, Bocato, Diddier Lockwood, Mc Sombra, Metá-Metá,  Passo Torto, Peri Pane e Gustavo Galo.

Marcio H Mota (bio)

Marcio é artista multimídia, animador e mestre em arte e tecnologia pela Universidade de Brasília. Com projetos individuais e coletivos (Corpos Informáticos e Tuttaméia) participou de importantes mostras, exposições no cenário nacional, como Entre-copas (DF, 2013), Triangulações (DF, PE, BA, 2013), Vídeo Guerrilha (SP, 2012), 61o Salão de Abril (CE, 2010), Vivoartmov (MG, 2009 e 2010). Foi premiado no 1o Salão Universitário Espaço Piloto (DF, 2009) , 9o Salão de Jataí (Tuttaméia – GO, 2010), 4o festival nacional de filmes curtíssimos (DF, 2011) , 19o Salão de Anapolino de Arte Contemporânea (GO, 2013), Salão Arte Pará 2013 (Corpos Informáticos – PA, 2013). Em 2013, foi indicado ao prêmio PIPA com o Tuttaméia. Em 2014 realizou na Alfinete Galeria (DF) sua primeira exposição individual, intitulada Imagem em Processo / Paletas de Vídeo e em 2016 sua primeira individual em São Paulo, pela Zipper Galeria. Em 2017 realizou o projeto Contra Cinema, exposição individual, na Alfinete Galeria. 2018 foi residente do espaço de arte e tecnologia “O Sítio” (Florianópolis) criando a exposição “Imagem em processo II: incógnita variável”. Participa como VJ em eventos de projeção em espaços públicos, sendo o último significativo, as projeções feitas no Museu Nacional durante a cerimônia de chegada da tocha Olímpica em Brasília (2016). Dentre seus videoclipes de animação destacam -se: “Irê Irê” (2020) de Gui Kastrup, Chico Correia, Vitória dos Santos, Zé Krishna, Pedro Miranda e Renato Galvão, “Bipin Rockstar” (2021), de Zé Krishna e Amigos Eternos (2021), e a animação de “Amoa- hi”(2021), do projeto musical-literário “Som Protagonista” de Camila Lordy.