Portal do Ipiranga

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O Rio Ipiranga é um afluente do Rio Tamanduateí, e ensejou aos primeiros paulistanos a preferência de escolha do nome de uma vastidão de terra situada a sudoeste de São Paulo. Dista, aproximadamente, 4 quilômetros do centro, até o início de sua área onde se limita com o Bairro do Cambucí.
O regionalismo político assim define sua posição geográfica: ao Norte, tem como limite às administrações regionais da Sé e Mooca, e ao Sul, São Bernardo. O município de São Caetano é seu limite ao Leste, e o Bairro Vila Mariana o do Oeste.
Além dos Rios Tamanduateí e Ipiranga, a região do Ipiranga dispõe de inúmeros córregos, citando-se o Cacaréco, Jaboticabal, Moinho Velho e Capão do Reino. Os referidos córregos estão atualmente parcialmente canalizados, mas correm a céu aberto nos fundos de quintais e terrenos baldios.
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O nome Ypiranga, dado ao riacho que se tornou célebre e passou a ser chamado de rio após D. Pedro proclamar a independência do Brasil, deriva-se do dialeto tupi-guarani (dos índios Guaianazes).
O significado desta palavra tem suscitado controvérsias, desde quando Martius, em seu tratado clássico sobre termos e denominações brasílicas, afirma que Ypiranga” significa Água Roxa”, tradução adotada por Azevedo Marques. Porém, o tupinólogo João Mendes, abordando o aspecto fonológico, aclarou esse engano de interpretação de muitos nomes e textos deixados por jesuítas e silvícolas.
“… afluente do rio Tamanduatei, pela margem esquerda do município de São Paulo. Célebre por ter sido nas suas margens que o Príncipe Regente D. Pedro, depois Imperador do Brasil, ergueu o grito da Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822.
Y – relativo
PI – centro, fundo.
RÁ – desigual, não nivelado.
A – empinar, com o sufixo NGA (breve) para formar o supino.

Nada tem, portanto, estes ribeirões e córregos com “água vermelha” ou “rio vermelho”. O indígena não teria cometido este senso.”
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Comemora-se o aniversário do Bairro Ipiranga aos 27 dias do mês de setembro, e a sua criação ocorreu em 1584, data em que aparece a primeira citação do “Ireirepiranga” nas Atas da Vila de São Paulo.
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Na região do Ipiranga, os portugueses só haviam assimilado o linguajar dos indios guaianazes, primeiros habitantes do lugar, e pronunciavam o nome quase sempre associado ao rio, que levava ao litoral, de diversas maneiras: Ipiranga, Piranga, Hiporanga, Ibipiranga, Opiranga, e Ireiripiranga.
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O Caminho do Mar, denominação estabelecida pelos brancos, era uma antiga estrada que ligava São Paulo a Santos e São Vicente, passando por outros municípios, já palmilhada pelos índios quando aqui aportaram os primeiros europeus. Havia muitos atalhos até o alto da Serra, originados pelo uso constante de diversas tribos acampadas nos arredores de Piratininga e cercanias, mas um único caminho que descia a encosta continuando depois em terreno plano, até atingir São Vicente e posteriormente Santos. Os nativos caminhavam a pé ou se serviam de canoas, pois não havia cavalos na América e no século XVI com o uso continuado por tropeiros e viajantes, que se dirigiam à baixada santista pelo caminho mais próximo, formou-se o Caminho do Mar, então já uma estrada inicialmente partindo das proximidades do local onde seria proclamada a Independência.
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O Caminho do Mar, foi uma estrada que durante vários séculos, foi a única que serviu aos viajantes que demandavam as praias, saindo de São Paulo ou aos que atingiam o Porto de Santos por via marítima com destino à esta Capital.
Até fins do século XIX, o Ipiranga foi considerado apenas uma paragem porque, por essas terras passavam tropeiros e viajantes que ali pousavam para prosseguir viagem no dia seguinte, dirigindo-se à cidade dos Andradas ou à pacata vila dos Bandeirantes.
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Na segunda metade do século XVI, a região do Ipiranga era citada como lugar de muitas chácaras e fazendolas, havendo pousos para viajantes, mas poucos moradores. O do Moinho Velho Bairro mais antigo do Ipiranga, e do “Ciclo do Tropeiro”, no parque da Independência, são os pousos primitivos, de acordo com anotações históricas.
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O Caminho do Mar, também chamado de “Estrada do Mar” passou por transformações no correr dos anos, recebendo ao tempo do Governador Bernardo José de Lorena melhores atenções, com um traçado que aproveitava sendas e atalhos mais antigos perdidos nas selvas do alto da Serra. O autor deste traçado foi o arquiteto Benedito Lima de Toledo, transformando-se o projeto numa estrada de nove quilômetros de extensão e cento e oitenta curvas, calçadas com Lages numa largura de três metros. Para comemorar o feitos, realizado na época que governava o reino D. Maria I, foi erguido no local um marco evocativo.
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Muito antes em 1813, o viajante Gustavo Royer assim analisou o “Caminho do Mar”: É um caminho seguro, em sig-zagues de ângulos curtos, protegidos por parapeitos, ladrilhados até a altitude de 700 metros, levando a subida cerca de 2 horas. Quatro a cinco caminhos pareciam em muitos lugares correrem acima de nossas cabeças, e davam novos ensejos de admiração por uma obra para cuja conclusão foi necessário vencer tantos obstáculos naturais e aplicar milhões de cruzados.
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Gavião Peixoto em 1837 autorizou novas obras permitindo a passagem de carros com o eixo móvel, removendo alguns obstáculos remanescentes dos melhoramentos efetuados em 1831. Oito anos depois, o “novo caminho” era percorrido por diligências e bangüês, e no ano seguinte ou seja, em 1846, D. Pedro II e dona Tereza Cristina dirigiam-se a São Paulo, via Santos, percorrendo-o com mais “rapidez e conforto”.
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Na década de 1860, a viagem São Paulo a Santos, pelo Caminho do Mar, já podia ser feita em seis horas, denominando-se o trecho do planalto de Estrada do Vergueiro, em homenagem a José Vergueiro que empreendera novas obras visando à melhoria e dando-lhe condições de estrada de rodagem.
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Após a inauguração da Estrada de Ferro Santos e Jundiaí, devido ao conforto e a rapidez dos trens, o velho Caminho do Mar, aos poucos, foi sendo relegado ao abandono que perdurou até a inauguração da Via Anchieta, obra gigantesca para a época, levando-se em conta as condições tecnológicas que possuíamos naquele tempo.
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A via Anchieta, estrada que liga os municípios de São Paulo a Santos, passando por São Bernardo e outras cidades menores, já foi a estrada mais movimentada de todo o país, antes da inauguração da Via dos Imigrantes. Inaugurada na década de cinqüenta, era considerada uma das mais perfeitas do mundo, projetada para substituir o obsoleto Caminho do Mar, traçada na época do Império (1842), e que naquele tempo denominava-se “Estrada da Maioridade”, em homenagem a D. Pedro II, substituindo-se por sua vez a “Calçada de Lorena”, inaugurada em 1792. Até o quilometro 13, na divisa com Rudge Ramos (Município de São Bernardo do Campo), está situada no bairro Ipiranga.
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A via Anchieta, até a divisa de São Bernardo do Campo, reúne a maior concentração de industrias e bancos da região do Ipiranga. O Parque industrial da “antiga paragem tão distante”, depois que a estrada foi inaugurada, tornou mais fácil e menos dispendioso o escoamento de produtos industrializados remetidos no porto de Santos, desenvolveu-se mais rapidamente e ensejou o surgimento ininterrupto de fábricas ao longo do antigo Caminho do Mar. Importantes firmas estão ali localizadas, do marco divisório, quer seja na parte industrial ou comercial.
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Em 1570, embora não existam documentos que comprovem estas anotações, supõe-se que já haviam sítios e fazendolas localizados em terras da região do Ipiranga, onde seus proprietários, quase todos, passavam a maior parte do tempo cuidando dos afazeres, que são inúmeros.
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Os gêneros de primeira necessidade eram escassos na região do Ipiranga nos seus prim[ordios e a situação precária em que se encontravam os oriundos, obrigava-os a se desdobrarem para o seu sustento.
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Os oriundos da região do Ipiranga, considerados os mais abastados, possuíam casa nas proximidades do Pátio do Colégio, e talvez fizessem parte do primeiro governo paulista constituído em 1556.
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No século XVI, os pioneiros, por inexistirem bons caminhos que os levassem a cidade e talvez porque ainda havia índios hostís que poderiam surpreende-los de tocaias, os que possuíam terras na região do Ipiranga e outras paragens consideradas longínquas, só se dirigiam à vila quando se fazia necessário.
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Por volta de 1570, os padres da Ordem Terceira do Carmo surgem como possuidores de terras na região do Ipiranga, doadas por Braz Cubas, que e desejavam trocá-las por outras que estivessem situadas em local mais próximo da “cidade”, para construir uma igreja. Esses missionários alegavam que “a longínqua paragem (Ipiranga) era improdutiva e reconhecidamente ruim para plantações. Em 1592 esses padres conseguiram erguer uma igreja à Rua do Carmo, fundada pelo frei Antonio de São Paulo. O Convento da Ordem Terceira do Carmo, na esquina com Avenida Rangel Pestana, é um dos mais antigos de São Paulo”.
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Domingos Luiz, alcunhado de “Carvoeiro”, segundo um historiador de nome Nuno, diz que era natural de Carvoeira, povoação do conselho de Torres Vedras, em Portugal. A capela que ele e sua esposa Ana Camacho, haviam construído em 1579, estaria situada na região do Ipiranga. Silva Leme, outro historiador, o dá como: “natural de Marinhota, freguesia de Santa Maria da Carvoeira”. Já o historiador Gentil de Moura adverte que, Domingos Luiz, o Carvoeiro, teve sua fazenda no rio Ireiripiranga, (Ipiranga) afluente do rio M’Boi, e nada tem com o conhecido bairro da Independência”.
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Os portugueses que ainda não haviam assimilado o linguajar dos Guaianazes, pronunciavam a palavra Ipiranga de diversas maneiras: Piranga, Hiporanga, Ibipiranga, Opiranga e Ireiripiranga).
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Quando Henrique Raffard visitou São Paulo, em 1879, declarou que tinham sido localizados, dois anos antes, 88 colonos libertados da tutela oficial, entre Lava-pés e o Ipiranga. Disse ainda, também haver ali um depósito de pólvora, a morada dos guardas e o resto de um muro do tempo dos jesuítas. Esses “restos” estavam “a cento e tantos metros dos lotes coloniais”, e poderiam ter pertencido a capela construída pelo Carvoeiro
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A capela de Nossa Senhora da Luz do Ipiranga (era assim que a chamavam) foi transferida quatro anos depois para a Avenida Tiradentes (antigo Guarépe), com o nome de Nossa Senhora da Luz, onde se acha até hoje, resistindo à ação do tempo após ter sido remodelada algumas vêzes.
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Jorge Moreira surge como um dos mais antigos moradores do Ipiranga, supondo-se que teria residido nesse bairro (na época uma região distante) em 1579, onde possuíra terras (sesmarias) com plantação e criação de gado. O nome de Jorge Moreira está assinalado em quase todas as Atas da Câmara da Vila de São Paulo, até fins do século XVI. Foi almotacel em 1575, juiz ordinário em 1573, 1575, 1591 e 1597. Vereador em 1562, 1580, 1582, 1584, 1585, 1586, 1587, 1589, 1590 e 1599. em 1580, foi maposteiro dos cativos e, em 1575, capitão da vila. Antes da Casa do conselho, em sua moradia, foram realizadas muitas sessões, e mesmo após quando havia necessidade de reformas. Em 1581, foi citado para mandar “três machos para fazer o caminho do Ibirapuera, e novamente incluído na lista de 1584, dos que deveriam faze-lo. Em 1593, quando ficou decidido abrir” um novo caminho, mais direito do que o primeiro, depois de Pascoela, é pelas terras de Jorge Moreira que se deve passar “.
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Antonio Proença é mencionado nos relatos antigos como sendo habitante pioneiro do primeiro núcleo de moradores do Ipiranga. Era um fugitivo português, que sequestrara uma freira, praticando portanto duas faltas graves; contra Deus e a Coroa. Foi um dos protegidos de Braz Cubas, fazendo carreira nos postos de meirinho, vereador, capitão de cavalaria e estradas, juiz dos índios, ouvidor e capitão da vila de São Paulo. Casou-se com Maria Castanho e foi pai de apenas um filho, de nome Francisco de Proença, e quatro filhas que deram início às gerações dos Lara, Almeida, Tacques, Toledo e Morais. Faleceu em 1605.
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Pedro Nunes é outro que aparece como primitivo povoador do Ipiranga, onde possuiu uma fazendola e chegou a ter 90 cabeças de gado. Era fraco por mulheres e, por isso, apontado como pai de inúmeras crianças bastardas, filhos de índias seduzidas por ele. Incorporou-se à bandeira de Nicolau Barreto, e após sua partida, em 1602, jamais soube-se notícias suas.
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No “Arraial do Curral Grande”, entre Ipiranga e Ibirapuera, em 1598 residia João Fernandes, conforme anotações do Registro Geral.
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O povoador Francisco Brito, teve uma filha casada com um membro da família Pires, falecendo em 1616.
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Belchior da costa, que atingiu os postos de tabelião, almocatel e escrivão da Câmara, fixara-se no Ipiranga, assim como Bartholomeu Fernandes, que declarou ser morador dessa paragem ao comparecer perante a Câmara para audiência, e Antonio de Marins, personagem literária da época de seiscentista.
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Jsepe Ortiz de Camargo, o “Sevilhano”, figura legendária dos primórdios de Piratininga, casou-se com Leonor Domingues, filha do Carvoeiro, que lhe deu 8 filhos. Ao primogênito, Fernão de Camargo, irascível e tempestuoso e por isso o apelido de “Tigre”, o destino reservara o triste episódio do assassinato de Pedro Tacques, cuja morte foi o estopim que deu início à uma tragédia que durou mais de uma geração, entre as famílias Pires e Camargo. Muitos anos depois, quando vários crimes haviam sido cometidos por membros de ambas famílias, todos motivados pela morte de um parente, nasceu uma criança, fruto da união entre dois representantes dos clãs litigantes. Esse menino, que recebeu na pia batismal o nome de Fernando Camargo Pires, fez com que ânimos se amainassem e os líderes assinarem um compromisso de paz. Fernão Dias, o bandeirante, e Jusepe Ortiz Camargo, o “Sevilhano”, selaram com suas assinaturas esse documento, que incluía também a obrigação de consertar o Caminho do Mar, encargo assumido e executado por todos os familiares.
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A família “Paternost” colaborou muito na formação do Bairro Ipirabnga e também da Paróquia local. Francisco Paternost, foi quem fez o loteamento do bairro, dando os nomes das ruas de rios da Europa, fazendo questão de deixar o espaço para a igreja e doando um lindo e grande vitral redondo que se encontra acima e na direção do altar da igreja.
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Os Irmãos Ribeiro vieram para o bairro em 1948. Moravam na região Araraquarence que na época era puro sertão, não havia estrada, somente o trem chegava ao local. Eles apostaram na evolução do bairro e com muito sacrifício, pois na época não havia água, luz e esgoto e as ruas eram de terra, inauguraram o Cerealísta Santo António.Os quatro irmãos levantaram a Bandeira da esperança e prosperidade do bairro e toda a região vizinha, (ajudaram muito o povo e a comunidade da Igreja). O Padre Horta da Igreja Santuário S. V. de Paulo foi quem inaugurou o Cerealísta Sto. António. O Padre Adelino da mesma Igreja foi quem inaugurou o Supermercado Sto. António. Eles acreditaram no progresso do bairro, que depois de Cerealísta foi transformado por eles em um dos primeiros Supermercados da Cidade de São Paulo. Os tempos passaram e os irmãos com mais idade e cansados, acabaram vendendo, onde hoje é o atual Supermercado Joanin.
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Dois ou três anos depois com a chegada da luz na Via Anchieta, na mesma direção do Cerealísta Santo Antonio, foi instalado um pequeno posto de gasolina. No posto havia somente uma bomba de gasolina e a Via Anchieta ainda era de terra.
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A família Fernandes, Tendo como profissões comerciantes e padeiros os seus membros, inauguraram em 1953 uma padaria, a cinquenta metros do Cerealísta Santo Antonio, na rua Riga, esquina com a rua do Chaco. A padaria levou o nome de Peninsular, e teve a benção do Padre Mourão, da Paróquia Santuário São Vicente de Paulo. Estiveram presente na inauguração á convite dos irmãos, familiares, amigos e alguns políticos da época. O pão benzido pelo Padre foi distribuído a todos que se encontravam no local. Os Irmãos se desempenharam para entregar o pão a toda comunidade, pois ainda era época em que muitos faziam o pão em sua própria casa, havia pequenos bares e armazéns, porém em muitos não havia o pão para favorecer as pessoas. A padaria chegava a desmanchar em média 20 (vinte) sacos de farinha por dia. Nas épocas de chuvas colocavam o cesto na cabeça, para atravessar alguns córregos, pois as enxurradas levavam embora as pequenas pontes de madeira e nunca deixaram faltar o pão tão desejado e querido por todos. Sempre favoreceram a comunidade com seus preços baixos e ainda com cadernetas “de fiado” aos menos favorecidos. Hoje, no local, não há mais a Padaria. O pequeno prédio foi dividido e locado a vários comerciantes.
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Em 1961, o Sr. Rubens Dal Bem Inaugurou o Depósito de Materiais de Construção na Via Anchieta, próximo a esquina do Cerealísta Santo António, fazendo as entregas em carroça. O terreno era alugado, depois de algum tempo comprou um terreno na rua do Chaco, ao lado do depósito já funcionando. Na época sofreram para entregar os materiais, quando chovia a situação era precária dificultando as entregas, tanto se fosse de Carroça ou de caminhão, pois acabava encalhando. Construiu sua nova sede e permaneceu no local por muitos anos, mudando posteriormente para a rua Riga, na mesma proximidade da Via Anchieta, onde hoje é um lindo Buffet, pertencendo à sua família. Os Dal Bem também colaboraram com o progresso do bairro e imediações.
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O primeiro grupo que residiu, possuiu sítios ou fazendas no Ipiranga, compunha-se de uns poucos que aqui chegaram em situações diversas e, como é obvio, devido à falta de escritos, anotações e também extravio de documentos, apenas algumas informações esparsas restam daqueles desbravadores pioneiros, e assim mesmo, em muitos casos, sem continuidade e a precisão necessária que possa esclarecer quem realmente foram alguns daqueles que prosseguiram com a obra de Anchieta, povoando regiões mais distantes e construindo as primeiras casas além do Pátio do Colégio. Foram tempos difíceis aqueles, exigindo vontade férrea e grande sacrifícios para os que desejavam permanecer na terra. O conforto inexistia, as camas eram de lenho duro ou igual às dos índios, e o calor do fogo servia de cobertor aos que dormiam em toscas cabanas de sapé, ou mesmo ao relento. Roupas e sapatos somente podiam ser adquiridos a peso de ouro, e assim mesmo só eram encontrados nos grandes centros. Quem quisesse comer tinha que caçar ou pescar, e quase sempre faltava pólvora para municiar as poucas armas existentes. Restava então, caçar com fisgas ou arpões no vau de rios e riachos, ou pegar animais à unha. Além de tudo, tinham que enfrentar índios bravios que eram hábeis atiradores de flechas. Mas havia outra alternativa para os mais pacientes: plantar uma roça e esperar meses para comer. A situação só fpoi melhor umm pouco pelos anos de 1585.
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O bairro do Sacomã ficou famoso por ficar no Caminho do Mar. O sobrenome dos irmãos Antoine, Henry e Ernest batizou o lugar. A família chegou em São Paulo, vinda de Marselha, na França em 1886. Nessa época, a cidade crescia e se desenvolvia a construção civil. Começava a construção do Museu do Ipiranga, com tijolos vindo de São Caetano do Sul. Como os irmãos Saccoman eram de uma família de tradicionais fabricantes de cerâmica, montaram no local a Cerâmica Saccoman Frères. A primeira fábrica foi instalada no bairro da Água Branca, mas a argila da região não era adequada. Mudaram-se definitivamente para o Sacomã, onde se formaram grandes lagos de pontos de retirada de matéria-prima. A chácara da família ficava do outro lado e era uma construção de dois andares com 4 metros cada um e varandas que mostravam peças de cerâmica em meio a um jardim francês.
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Em 1903, chegaram ao bairro do Sacomã os bondes elétricos e, anos depois, Rudge Ramos reconstruiu o Caminho do Mar, numa das primeiras grandes obras rodoviárias da região. Nasceram assim os pontos de pedágio com barreiras e arcos. O primeiro, que marcava o Caminho do Mar, ficava justamente na frente do portão da fábrica, onde quase se formava uma única construção. (Início da Via Anchieta e fim da rua Bom pastor). Logo depois disso, Antoine morreu e a família resolveu voltar para seu país de origem e vender a fábrica, que se transformou em Cerâmica Ipiranga. Mas todos já conheciam o local pelo nome, aportuguesado. Anos depois começou a construção da Rodovia Anchieta, que começava exatamente no ponto onde foi feito o primeiro arco, na frente da fábrica. A grande lagoa, da qual se retirava a argila, teve de ser aterrada em 1960, depois de
várias mortes por afogamento.
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Imigrantes pioneiros, atraídos pela quantidade de chácaras, sítios e pomares que podiam ser encontrados às dezenas na paragem do Ipiranga, ainda tão distante, deram à formação de troncos familiares que se perpetuam através dos anos.
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As profissões arroladas, no censo de 1776, não eram muitas se considerarmos que o recenseamento restringiu-se somente ao “centro velho” de São Paulo (cidade dos paulistas, regiões que se estendia até o Guaré (ou Guarépe) também conhecida por Piratininga.). Pois regiões como o Ipiranga e outros bairros existentes ao redor da pequena vila não foram considerados, por motivos compreensíveis. Mas as mulheres não trabalhavam fora, nesse tempo, e por isso não podiam ser arroladas como profissionais. Eis os números, o resultado do recenseamento: Mercadores: 26 – Vendeiros: 10 – Boticários: 3 – Caixeiros: 6 – Estudantes: 4 – Alfaiates: 13 – Carpinteiros: 11 – Sapateiros: 8 – Cabeleireiros: 5 – Ouriveis: 3 – Pintores: 3 – Pedreiros: 2 – Ferreiros: 2 – Mineiros: 2 – Cuteleiros: 2. Percebe-se que nem todas as profissões das mais exercidas na época, estavam catalogadas. Espalhados nas regiões longínquas, não censoriadas, devia haver muitos tropeiros, leiteiros, chacareiros, lenhadores, agricultores, sitiantes, e outros principalmente muitos ferreiros instalados à beira de estradas e caminhos, pois a condução existente era os cavalos e os veículos puxados por esses animais.
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Os caminhos eram de suma importância para os moradores de São Paulo, praticamente éram isolados no planalto. Em 1584, conforme consta em Ata da Câmara, pode ser observada a atenção que os responsáveis por esses trabalhos dedicavam a esse setor. No dia 23 de Maio desse mesmo ano, a requerimento do procurador, o “Conselho” decidiu mandar limpar os caminhos das paragens “Hipirangua (Caminho do Mar), Ponte Grande, Virapoeira, Pinheiros”, frisando que os moradores residentes “fora desse caminho serão obrigados a limpar os caminhos das pontes. Quando esses foram feitos,” o procurador do conselho requereu que se fizessem os caminhos e assinassem um homem de cada parte para aplicar os mais vizinhos a que se fizessem a assentarem que Jerônimo Rodrigues tivesse cuidado de aplicar e chamar a gente de Ubirapoeira / e Jeribatiba / Gaspar Fernandes os de Abrasava / e da parte de Piranga a Pedro Nunes / e da parte de Piqueri Gaspar Calaço “”.