Por: TangerynusAdemir – dona Salime – Tangerynus
Recebi esta fotografia pelas mãos de minha genitora, já com os suas 91ª primaveras nojardim da vida, que me fez voltar a 1953, quando conhecemos o Sr. Antônio Meireles eDona Salime Meireles, sócios – proprietários da Torrefação e Moagem “Café Jambo”,empresa estabelecida na Rua Silva Bueno, 2258, Sacomã – Ipiranga-SP, recordo que onúmero do telefone era 633841.Dona Salime e seu filho Rachid também viviam produzindo os famosos tamancos demadeira, e eu colocava café em grãos num recipiente para moer, e ia pesando pacotes de ¼- meio quilo e um quilo, que ficavam exposto em cima do balcão para ser vendidos aosconsumidores.Minha mãe foi trabalhar nesta empresa e eu também consegui um empreguinho. Entravacedo, ia até a hora do almoço, ia pra escola “Visconde de Itaúna”, fim de aula retornava e iaaté às 17:30Hs.Foi nesta empresa que conheci também o telefone, até então não conhecia. Não tinhaninguém, aliás estavam ausentes a dona Salime e o filho Rachid, num certo momento otelefone tocou, fui atender, fiquei perdido, mas peguei o aparelho botei no ouvido e disse:“Alô, Café Jambo às suas ordens…”. A Dona Salime era de origem síria – libanesa, tinha um coração sem tamanho, isto por suabondade, foi madrinha de batismo do meu irmão Antônio, e em 1981, 28 anos depois foimadrinha de casamento também do mano Antônio.Ela expressava uma frase costumeiramente que nunca esqueci: “Eu ajudo a colocar o fardonas suas costas, carregar jamais…”Recordo que ao lado direito da torrefação tinha um grande terreno baldio, onde circos eparques se instalavam por uns tempos, grande paixão da gurizada. Tinha um corredor aolado que dava acesso a uma gráfica, empresa que fornecia todo tipos de notas fiscais,séries: A-1: B-1; C-1; D-1; a Torrefação e Moagem Café Jambo. No sentido cidade/bairroindo pela Rua Silva Bueno tínhamos a padaria do português por nome de Sr. Laranjeira, naRua do Grito entre Rua Silva Bueno e Rua Lino Coutinho tínhamos uma empresa queproduzia produtos de limpeza, quando passava por lá sentíamos um odor de cloro, produtopara fabricação de água sanitária, parece que o nome desse produto era “cândida”, um dosfilhos do proprietário era meu colega de classe no “Visconde de Itaúna”.Os bondes abertos e os camarões passavam pra cima e pra baixo, queda de energia narede, a Rua Silva Bueno virava estacionamento de bondes, de ambos os lados.Sem mais delongas, presto aqui minhas sinceras homenagens a ela e toda a sua família, eonde estiver que Deus abençoe.