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Beirando o Parque da Independência, bem próximo à avenida Nazaré, situa-se a Casa do
Grito, uma construção rústica em pau a pique que ganhou popularidade graças ao quadro de Pedro Américo, Independência ou Morte, em exposição no salão nobre do Museu Paulista.

A existência de uma casa nesta tela não significa que necessariamente o pintor tenha se inspirado na realidade.

Também não é comprovada a sua construção em 1822.

Os estudos de datação do imóvel localizaram o primeiro documento num auto de inventário de 1884 de Guilherme Antônio de Moraes. Seus parentes descrevem em depoimento, num processo do Poder Judiciário, que residiu nas terras em uma pequena casa, vizinha à Casa do Grito, desde 1864. Guilherme trabalhava com carros de boi, possuía dois deles e mais uma besta arreada, além disto poucas peças de mobiliário. Relatam ainda que a “primitiva proprietária” e ocupante das terras pertencia à família de Rosa Colaço, de quem adquiriram as terras e a denominada “casa pequena”.

Pedro Américo, ao colocar do lado esquerdo da tela, em segundo plano uma casa branca
e com telhado e uma pequena janela de sótão, ilustrou um modelo padrão de casa de beira de estrada no século XIX.

A Casa do Grito especificamente não confere com essa descrição: a janela do sótão,
como se pode verificar, através de documentos iconográficos, foi construída a partir dos trabalhos de conservação, realizados para a comemoração do IV Centenário em 1954 e, depois de comprovada a inaltencidade, foi retirada. Finalmente em 1958, a casa é aberta como Museu Municipal, com acervo relativo à casa de beira de estrada e ao tropeirismo. As peças foram adquiridas no interior do Estado de São Paulo e de Minas Gerais.

Mesmo assim, esta associação popular foi mantida, mas não existem provas que
documentem a sua existência antes de 1884.

E o próprio Pedro Américo no livro que descreve a tela afirma apenas que colocou uma
casa para efeito de composição, sem se referir que tenha se inspirado na Casa do Grito ou qualquer outra existente no Ipiranga.