O Museu Paulista possui 640 metros lineares de documentos textuais, agrupados em uma centena de coleções e fundos de arquivo públicos e privados. Integra o conjunto o Arquivo Permanente do Museu (Fundo MP), no qual estão inventariados os documentos gerados pela própria instituição entre os anos 1893 e 1963, quando o Museu é incorporado à Universidade de São Paulo. Diferentes aspectos da vida política, institucional e doméstica de segmentos da sociedade brasileira, especialmente paulistana, podem ser cobertos por uma documentação que, não poucas vezes, completa o acervo de objetos e imagens. Entre muitos, destacam-se partituras de óperas do compositor Carlos Gomes; ofícios e correspondências de políticos ligados ao Movimento de Independência do país. Podem ser mencionadas também as cartas pessoais de famílias como Pacheco e Chaves, Tobias de Aguiar, Rangel Pestana, Souza Queiroz; os documentos de Tommaso Gaudenzio Bezzi, arquiteto responsável pela construção do edifício que abriga o Museu; os cadernos e notas do Barão de Ramalho; os boletins e diário de campo da Cavalaria Rio Pardo (Revolução Constitucionalista de 1932) além de documentos relacionadoas a atividades públicas e privadas de natureza as mais diversas como convites, menus, certidões, declarações, diplomas, contratos, notas, guias, procurações, requerimentos etc.
São diversas as coleções fotográficas que integram o acervo, produzidos, sobretudo, entre 1860 e meados deste século. Retratos e álbuns fotográficos amadores permitem a construção de uma História Social da Família por informar visualmente sobre ritos tais como casamento, batismo, aniversário, formatura etc. Neste caso, merece menção especial a coleção de fotografias de Militão Augusto de Azevedo, que reúne mais de 12.000 retratos produzidos entre 1862 e 1885. O acervo conta, ainda, com expressiva coleção de cartões postais referentes a cidades brasileiras, especialmente São Paulo. Destaca-se ainda a coleção Santos Dumont, com originais que registram as experiências aeronáuticas do inventor. Na cartografia existente no acervo, predominam as plantas e mapas da cidade de São Paulo até meados deste século. O material impresso conta com os cartazes, folhetos ilustrados, manuais de produtos industrializados e álbuns de figurinhas referentes a movimentos políticos como a Revolução Constitucionalista de 1932, e a comemorações nacionais ou regionais, como o I Centenário da Independência do Brasil (1922), entre outros.