O Museu de Zoologia teve seu início na década de 1890 quando diversas coleções formaram o Museu Paulista.
Em 1890, o Conselheiro Francisco Mayrink doou ao Governo do Estado de São Paulo uma coleção de história natural, que havia sido reunida por Joaquim Sertório a partir de 1870.
Esse acervo foi então organizado junto à Comissão Geográfica e Geológica e, incorporado a outros, fez parte do Museu Paulista que ocupou o prédio-monumento inaugurado em 1895 aqui no Ipiranga.
Nos 40 anos seguintes, muitos trabalhos foram desenvolvidos com o auxílio das crescentes coleções zoológicas, botânicas, etnográficas e históricas abrigadas no Museu Paulista.
Em 11 de janeiro de 1939, foi criado o Departamento de Zoologia, da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, que sucedia a Seção de Zoologia do Museu Paulista.
Junto com a criação do Departamento de Zoologia, foi projetado um novo prédio para a coleção zoológica. Com o término da construção, em 1940-41, o acervo zoológico foi transferido para o edifício que hoje ocupa.
Em 1969, o museu passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual.
LOCALIZAÇÃO E ACESSO
Endereço
Avenida Nazaré, 481 – Bairro do Ipiranga
CEP 04263-000 São Paulo – SP – Brasil
(esquina com Rua Padre Marchetti)
Vias próximas – rota
– Avenida D. Pedro I – Avenida Nazaré
– Avenida Dr. Ricardo Jafet – Rua Pouso Alegre – Avenida Nazaré
– Rua Bom Pastor – Rua Padre Marchetti – Avenida Nazaré
– Avenida Lins de Vasconcelos – Rua Coronel Diogo – Rua Pouso Alegre – Avenida Nazaré
Metrô – Ônibus
– Metrô Vila Mariana e ônibus
– Metrô Imigrantes e ônibus
Linhas de ônibus
– 4113 Circular Praça da República
– 477U Heliópolis – Shopping Iguatemi
– 478P Sacomã – Pompéia
– 374T Cidade Tiradentes – Metrô Paraíso
VISITAÇÃO
1 – Exposições – Informações
A exposição de longa duração apresenta a história dos animais na Terra e as atividades de pesquisa do Museu de Zoologia. Além disto, o Museu organiza periodicamente uma nova exposição temporária.
Meia entrada: estudantes (sem acompanhamento das escolas)
professores da rede estadual de ensino (São Paulo) em visita espontânea
Entrada gratuita: crianças até 6 anos com familiares (sem acompanhamento das escolas); adultos acima de 60 anos; grupos de escolas públicas ou de instituições assistenciais
acompanhantes (professores e/ou guias) de grupos; membros da comunidade USP.
Os grupos de escolas ou de outras instituições devem agendar a visita com antecedência para que o Museu tenha condições de oferecer maior conforto em sua áreas.
Visitas de grupos planejadas para sábados ou domingos não necessitam de agendamento prévio.
Visitas de grupos planejadas de terça a sexta-feira podem ser agendadas na Secretaria de Difusão Cultural, pelo telefone (11) 6165 8140, de segunda a sexta-feira, das 10 às 12:00 horas e das 13:30 às 17:00 horas.
Os horários oferecidos no agendamento são: 10, 11, 12. 13, 14, 15 e 16:00 horas.
O tempo de visitação é livre; a duração média é de duas horas.
As legendas e painéis tornam a exposição auto-explicativa.
O Museu conta também com uma equipe de monitores para auxiliar na acolhida dos visitantes. São estagiários voluntários, estudantes de graduação em Ciências Biológicas, orientados pelo Serviço Educativo.
Os grupos em visitação nas terças e quartas-feiras, às 10:00 e 14:00 horas, são convidados para participar de oficinas pedagógicas organizadas no espaço expositivo.
O estacionamento de ônibus pode ser feito na Av. Nazaré, pista esquerda, sentido Centro-Bairro, ou nas ruas próximas. O desembarque e embarque devem ser feitos na Rua Padre Marchetti.
Dias sem visitação: Primeiro de janeiro, Carnaval (terça-feira e quarta-feira de Cinzas), Páscoa (sexta-feira, sábado e domingo), Finados, Véspera e Dia de natal e Final de Ano.
2 – Zooloja – Informações
Na Zooloja podem ser adquiridos livros, brinquedos, camisetas, bonés e pequenas lembranças.
3 – Zooteca – Informações
De terça a sexta-feira – Das 10:00 às 12:00 horas e das 13:00 às 17 horas.
A Zooteca é um espaço destinado a crianças e adultos para leitura, informações sobre animais, consultas para trabalhos escolares, acesso à Internet (websites especializados em Zoologia), jogos e outras atividades.
4 – Serviço Educativo – Informações
O Serviço Educativo organiza diversas atividades educativas para os visitantes e orienta estagiários voluntários (estudantes de Ciências Biológicas) que fazem a acolhida do público no Museu. Também orienta professores e estudantes para visitas e aulas e prepara materiais didáticos, para uso no Museu e nas escolas.
5 – Biblioteca – Informações
Especializada em Zoologia, a Biblioteca do Museu está aberta a todos para consultas e levantamentos bibliográficos.
EDIFÍCIO DO MUSEU
O Museu de Zoologia está instalado em um prédio de interesse histórico e arquitetônico, projetado pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves e inaugurado em 1941.
Foi o primeiro prédio em São Paulo construído especificamente como museu pelo aqrquito Christiano das Neves, autor também do projeto da Estação Júlio Prestes, na mesma época.
Os motivos faunísticos são uma marca na arquitetura do Museu, revelando o uso do prédio, conhecido no bairro do Ipiranga como “Museu dos Bichos”. Representações de animais aparecem nas fachadas, no vão central e nos vitrais.
Os vitrais do Museu, que podem ser apreciados nas escadarias, retratam animais do Brasil e de outras regiões do mundo. Foram criados pela Casa Conrado, uma empresa paulista com muita tradição em vitrais, na época da construção do prédio (1940). São feitos com cristais da Bélgica, Itália e Alemanha, unidos por chumbo e em 2002 foram restaurados pela mesma empresa que os criou.
BIBLIOTECA DO MUSEU
Histórico e Acervo
A Biblioteca do Museu de Zoologia da USP é hoje a mais completa e importante do Brasil na área de sua especialidade, a Zoologia.
Seu acervo é constituído por mais de 100.000 volumes entre livros, teses e dissertações, periódicos e revistas especializadas, mapas e cartas geográficas, bem como outros tipos de materiais, incluindo os novos meios eletrônicos de armazenamento de informações.
A história desse acervo reflete as diferentes afiliações por que passou o Museu de Zoologia. O esboço histórico que se segue está longe de esgotar o tema, mas poderá servir de base para que se conheça a origem e as transformações pelas quais passou a Biblioteca.
Orígens
O Museu Paulista foi criado em 1894 com o término da construção do prédio onde até hoje se situa, às margens do Riacho do Ipiranga.
Embora não tenha recebido a denominação de “Museu de História Natural”, como tantos outros congêneres no mundo, o Museu Paulista era, de fato, um museu dedicado ao ramo da história natural, incluindo acervos antropológicos, zoológicos, botânicos e históricos.
Tanto o acervo quanto a Biblioteca associada derivaram do embrião existente na Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. Durante as primeiras décadas de sua existência, a Biblioteca era bem modesta, ainda que o Estado tenha realizado aquisições de obras clássicas fundamentais de livreiros europeus.
A primeira obra do acervo da Biblioteca, adquirida com verba do Estado de São Paulo por Hermann von Ihering, foi a obra de Spix & Martius “Reise in Brasilien”. Não se pode deixar de destacar também doações de obras importantes, tais como “Systema Naturae de Linnaeus”, por Alípio de Miranda Ribeiro, além de alguns títulos raros na área de Ornitologia, por Franco da Rocha.
Na Secretaria de Agricultura
Em 1939, o acervo zoológico foi tranferido para o prédio atual do Museu, a pouca distância do anterior.
Essa mudança não foi somente de sede, mas também de afiliação, uma vez que as coleções zoológicas passaram a compor o acervo do Departamento de Zoologia da Secretaria de Agricultura.
Pouco tempo depois, em 1941, o Departamento de Zoologia passou a publicar duas revistas especializadas, Papéis Avulsos de Zoologia e Arquivos de Zoologia, que tomaram a tarefa da divulgação de pesquisas zoológicas até então reservada para a Revista do Museu Paulista.
A criação dessas revistas especializadas teve importantíssima influência na história da Biblioteca. Possivelmente pouco depois de 1941, o Departamento de Zoologia começou a estabelecer um sistema de permuta, por meio da qual suas publicações eram enviadas a instituições de todo o mundo e essas, em troca, enviavam as delas.
Ao lado das revistas compradas, esse acervo derivado de permuta passou a ser fundamental para a diversificação de títulos.
A atividade de permuta cresceu ao longo do tempo, e atualmente garante a manutenção de 673 títulos de revistas institucionais no acervo da Biblioteca. As instituições com as quais o MZUSP realiza essas trocas pertencem a 55 países de todos os continentes.
Na Universidade de São Paulo
A passagem para a Universidade de São Paulo, realizada em 1969, representa a última grande mudança de afiliação por que passaram os acervos zoológicos e bibliográficos do Museu de Zoologia. Esta, sem dúvida, foi a mudança mais crucial.
Uma vez que o Museu de Zoologia foi caracterizado como uma instituição universitária, tanto a sua pesquisa quanto seu acervo bibliográfico foram dirigidos para essas novas responsabilidades.
Como a Universidade já possuía numerosas bibliotecas especializadas, a do Museu de Zoologia passou por um período de triagem e seleção na década de 1970.
O acervo da Biblioteca tornou-se efetivamente especializado na área de Zoologia.
Publicações e livros de áreas como Botânica e Mineralogia foram transferidos para bibliotecas afins na própria Universidade.
O sistema de permutas foi dramaticamente ampliado, e a USP continuou sua política de aquisição de obras fundamentais.
O espaço físico destinado à Biblioteca foi igualmente ampliado ao longo do tempo.
Obras importantes foram realizadas, incluindo a construção de um mezanino que permitiu que esse espaço quase dobrasse de tamanho.
O projeto foi elaborado e executado com verba do programa BID/USP e atualmente a Biblioteca ocupa 776,97m².
Em 1985, a Biblioteca do Museu passou a fazer parte do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBi/USP).
Acervo
Livros – 12.155
Teses – 1.296
Volumes/Fascículos de Periódicos – 90.937
Multimeios – 1.190
Outros tipos – 354
Total – 105.932
Títulos de Periódicos – 2.676
Consultas
Funcionários da Biblioteca podem auxiliar os usuários na busca de informações através dos catálogos, obras de referência e bases de dados online.
Empréstmos
Disponibilizados aos docentes, alunos e funcionários da Unidade.
Empréstimos entre Bibilotecas
Biblioteca Solicitante – Serviço que possibilita ao usuário inscrito obter material bibliográfico existente em outras bibliotecas.
Biblioteca Fornecedora – Serviço de empréstimo do material do MZUSP a outras bibliotecas.
Comutação Bibliográfica Nacional e Internacional
Através desse serviço, usuários e outras bibliotecas podem obter cópias de artigos publicados em periódicos, teses e livros pertencentes ao acervo da Biblioteca do Museu de Zoologia.
Comut On Line
É um serviço que permite à comunidade acadêmica o acesso a documentos, através de cópias de artigos de periódicos, teses e livros pertencentes ao acervo da Biblioteca.
Os interessados em utilizar este serviço poderão fazer suas solicitações através de e-mail, carta ou fax, enviando uma lista com as referências bibliográficas necessárias (autor, título, ano, volume/fascículo, páginas).
Comutação Via Ariel
É um software programado para o envio e recebimento de cópias de documentos online.
O usuário interessado em fazer uso do Ariel deverá encaminhar sua solicitação, com a referência bibliográfica necessária (autor, título, ano, volume/fascículo, páginas), para nossa Biblioteca.
Treinamento de Usuários
Os funcionários da Biblioteca sempre oferecem assistência e orientação aos usuários na utilização dos recursos da Biblioteca. Indicam ainda os meios para levantamento bibliográfico.
Treinamento formal – É realizado, com data pré-estabelecida pela Biblioteca, aos usuários do Museu de Zoologia.
Treinamento informal – É destinado aos usuários que utilizam a Biblioteca regularmente.
Visitas Orientadas – Informações
As visitas em grupos ou individuais deverão ser agendadas previamente.
Normalização
A Biblioteca orienta e normaliza citações bibliográficas segundo as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
ZOOTECA
Espaço destinado a crianças e adultos para leitura, informações sobre animais, consultas para trabalhos escolares, acesso à Internet (websites especializados em Zoologia), jogos e outras atividades.
É uma parceria do Serviço de Atividades Educativas com a Biblioteca para organizar um acervo de referência e permite interações entre a exposição, o acervo bibliográfico e as pesquisas realizadas no Museu.
Dias e Horários – Informações
OBJETIVOS DO MUSEU DE ZOOLOGIA
– Manter e conservar coleções zoológicas;
– Realizar pesquisas científicas;
– Promover o ensino em diversos níveis;
– Desenvolver ações de difusão cultural;
– Prestar serviços à comunidade na sua área de atuação.
O Museu de Zoologia faz estudos sobre animais, especialmente sobre a fauna da Região Neotropical, que abrange a América do Sul e a América Central.
As pesquisas zoológicas são feitas principalmente nas áreas de taxonomia, sistemática, evolução e biogeografia e baseiam-se nas grandes coleções de animais, hoje com cerca de 8 milhões de exemplares conservados em meio líquido ou a seco.
Além das coleções, o Museu também é responsável pela Estação Biológica de Boracéia, uma reserva de Mata Atlântica em Salesópolis, interior de São Paulo.
Mantém uma biblioteca especializada, publicações, exposições públicas e atendimento educativo.
Na área da difusão cultural, as pesquisas enquadram-se em museologia, comunicação e educação.
No ensino, o Museu atua em pós-graduação, oferece disciplinas para graduação, cursos de extensão e estágios de aperfeiçoamento e de iniciação científica.
*********************
O antigo Diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Paulo Emílio Vanzolini, escreveu o seguinte;
Museu de Zoologia
“O Museu de Zoologia da USP começou sua vida como seção de Zoologia do Museu Paulista (Museu do Ipiranga), fundado em 1834 para comemorar a independência do Brasil e para atender a todos os ramos do saber humano. Seu acervo inicial era constituído de modesta coleção particular (Sartori), adquirida pelo governo do estado para nuclear a instituição.
Seu primeiro diretor, Hermann von Ihering, ocupava-se de várias especialidades zoológicas, além de Etnografia, e concentrava em suas mãos toda a pesquisa da casa. Durante sua longa administração apenas alguns subalternos, com funções de curadoria, conseguiram ter atividade pessoal de pesquisa: Hermann Luederwaldt (coleóperos) e João Leonardo Lima (morcegos).
O Museu empregava um excelente naturalista viajante, Ernesto Garbe, permanentemente no campo; assim, acumulavam-se coleções variadas de diversas partes do Brasil, algumas das quais, como o Rio Juruá, explorado em 1901-1902, até então desconhecidas cientificamente. As coleções assim formadas eram esporadicamente estudadas por especialistas de fora, às vezes com resultados notáveis: Miranda Ribeiro em peixes e anfíbios, Brölemann em miriápodos.
Por ocasião da Primeira Guerra Mundial, Ihering foi demitido em meio a rumoroso e complicado inquérito, sendo sucedido pelo História dor e politécnico Affonso d’Escragnolle Taunay, que perdurou no cargo por mais de 20 anos. Taunay continuou a política de Ihering, de manter um naturalista viajante no campo, de constituir uma pequena equipe científica de curadoria e de usar mais ou menos intensamente colaboração externa. Durante sua administração, o Museu manteve um perfil científico modesto, mas profissionalmente respeitável.
Em 1939 o governo do estado desmembrou o Museu Paulista. A seção de Zoologia, com parte da biblioteca, acervo e técnicos, passou a constituir o Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura. Foi uma ação de caráter inteira e miudamente político, divorciada de qualquer consideração científica, resultando em uma repartição pública situada fora de contexto, sem missão definida e sem prestígio administrativo. A pequena equipe do Museu, contudo, concentrou-se em suas funções museológicas tradicionais, esperando melhores tempos e mantendo bom nível de pesquisa e, principalmente, de publicações. O primeiro diretor na Secretaria da Agricultura foi o agrônomo Salvador de Toledo Piza, de direção efêmera. Seguiu-se Oliverio Mário de Oliveira Pinto, ornitólogo de carreira na casa. Nessa fase foi o Museu transferido para o prédio adrede construído na avenida Nazaré, onde até hoje se encontra.
Pinto concentrou os parcos recursos do Museu na coleta ornitológica; opunha-se à sistemática moderna e à colaboração internacional. Apesar disso, a equipe do Museu, e principalmente os entomólogos, conseguiram certo grau de autonomia e mantiveram o ritmo de trabalho e publicação. Esse estado de coisas durou até 1959, quando foi nomeado diretor Lindolpho Rocha Guimarães, entomólogo de origem médica e pesquisador de primeira linha. Com Guimarães iniciou o Museu sua caminhada consciente no sentido de empreender pesquisa em nível contemporâneo e ensino de pós-graduação. Essas metas foram plenamente atingidas em 1969, quando o Museu foi integrado à USP. Essa integração pode ser hoje considerada como completa, e caracteriza-se principalmente pela introdução de forte contingente de sistemática evolutiva ao currículo geral de ensino e pesquisa.
O Museu de Zoologia da USP destaca-se, em escala mundial, pelo volume de suas coleções e pela qualidade da curadoria. A biblioteca, hoje com cerca de 50.000 volumes, foi iniciada no fim do século XIX; é praticamente completa para as finalidades, e atentamente mantida atualizada. As duas revistas científicas publicadas pelo Museu, Papéis avulsos de zoologia (em seu volume 38) e Arquivos de zoologia (no volume 32), garantem à biblioteca cerca de 480 permutas. O Museu é responsável por cerca de dois terços do ensino de pós-graduação em Zoologia na USP. Conta com 18 pesquisadores, 15 dos quais com grau de doutor ou título maior, pela USP ou por outras instituições”.
Para maiores informações, visite a home page do Museu:
www.mz.usp.br