Por: Nelli Celia
Em nosso dia a dia, deixamos de reparar ou de viver, muitas coisas boas que passam por nós e que só percebemos quando já se foram.
Desta maneira, quanto bem deixamos de fazer por não entender que o momento é aquele em que estamos vivendo, hoje agora. Hoje é o tempo mais importante em nossas vidas, pois, o amanhã, passou levando com ele o que já foi feito e o futuro, ainda é apenas sonhos e desejos.
‘ Devemos aproveitar e prestar muita atenção em todos os momentosde nossas vidas.As lições que recebemos, devemos pô-las em práticas, em favor de nossa evolução e em auxílio ao semelhante. Buscar a felicidade sempre, percebendo-a junto a nós.
O nosso Poeta Paulista, neste poema, nós mostraesta situação, em que, muitas vezes, nem percebemos, o que acontece em nossa volta.
Guilherme de Almeida, considerado o “ Poeta de São Paulo “. Nasceu em Campinas no ano de 1890 no dia 24 de julho e faleceu em São Paulo em 11 de julho de 1969.
Era advogado, crítico de cinema, jornalista, poeta, entre outras atividades. Em 1946,foi morar no Bairro do Pacaembu ( em São Paulo) onde viveu até a sua morte. Chamava a sua residência de: “ Casa da Colina” . No ano de1979, a “Casa da Colina”, torno-se o museu “ Casa Guilherme de Almeida”.
Participou da organização da“Semana da Arte Moderna em 1922 “. Ligado aos movimentos culturais e artísticos, recebia em sua casa para lindos saraus, seus amigos e companheiros. Sempre atuante nos acontecimentos de sua época, foi proclamado “ O Poeta da Revolução de 1932”.
Entre sua obra, citaremoso livro: “ Paulicéia Desvairada “”, termo que é muito usado pelos paulista. Devemos nos lembrar de Guilherme de Almeida, e divulgar suas poesias, tão modernas e atuantes em nossos dias, repletas de versos maravilhosos e de construções literárias do mais alto teor cultural, levando-nos a adentrar o seu mundo e admirar o quanto foi e será sempre, “ grande” este Poeta Brasileiro.
Essa que eu hei de amar
Essa que e hei de amar perdidamente um dia
Será tão loura, e clara, e vagarosa e bela,
Que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
Trazer luz e calor a essa alma escura e fria.
E quando ela passar,tudo o que eu não sentia
Da vidahá de acordar no coração, que vela…
E ela irá como o sol,e eu irei atrás dela
Comosombra feliz … – tudo isso eu me dizia,
Quando alguém me chamou. Olhei:Um vulto louro,
E claro e vagaroso, e belo, na luz de ouro
Do poente, me dizia adeus, com o um sol triste…
E falou-me de longe: “ Eu passei ao teu lado,
Mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
Meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!”