Espaço cultural e poético
Por: Nelli Célia ( nelliceliafl@gmail.c
Muitas vezes, conhecemos os nossos atores somente na tela de nossas televisões, e nos surpreendemos, quando nos é desvendados um pouco de sua vida, além das telas, é o caso de Mário Lago ( 1911/ 2002 ) .
Diretor carioca, letrista, ator, poeta, radialista e advogado. Nascido em 26 de novembro no Rio de Janeiro.
Quem não se lembra de “ Ai que saudade da Amélia” ( Mario Lago e Ataufo Alves) e tantas outras com posições que ficaram famosas em nosso repertório musical. Como ator, inúmeras foram suas interpretações, sempre com majestosa dedicação.
Querido pelos colegas. Ganhou até um “ MARIO LAGO” destinado aos atores de grande importância na dramaturgia, pela Globo. Em seus compromissos de trabalho, fosse na televisão ou no teatro, era sempre o primeiro a chegar, honrando seu trabalho. Estamos falando do artista, não adentraremos em sua vida particular ou politica. Queremos ressaltar o homem poético e amante das artes.
Recordo-me que na minha juventude, quando iniciei no teatro, com 17 anos, estrei, no Sesi, com o diretor, o senhor Torresi Filho, ( teatro Arthur de Azevedo) ganhando o papel principal na peça “ Pertinho do Céu “ escrita por: Má
rio Lago e José Wanderlei
Assim me sinto horada em ter feito essa peça e de conhecer seus autores, por meio do texto.
Todo ser traz dentro de si uma faísca do amor de Deus, que se manifesta, quando abrimos o coração em, preces, cantos e poesias. Quando esse momento acontece, chegamos mais perto do Criador, pois a sensibilidade nos dá asas e o amor nos conduz à Ele.
Devolve
Mandaste as velhas cartas comovidas,
Que na febre do amor te enviei;
Mandaste o que ficou de duas vidas:
O romance, uma dor que provei…
Mandaste tudo, porém,
Falta o melhor que te dei:
Devolve toda a tranquilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi
Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci
Devolve, eu peço, por favor
Aquele imenso amor
Que nos teus braços esqueci
Devolve, que eu te devolvo ainda
Esta saudade infinda
Que eu tenho de ti.