A DANÇA/ Soneto XCVII
Espaço Poético Por: Nelli Célia ( Escritora e poetisa)
Olá amigos leitores, a primavera está chegando e com ela a alegria de ber as flores surgindo é tempo de amor de sonhar e de ter esperanças em dias melhores.
Em nosso espaço cultural teremos hoje um dos poeta mais lindo de nossa época:
O Chile nos deu um dos maiores Poetas destes tempos; “ PABLO NERUDA “ ( 1904/ 1973 ) Seus poemas retratam o amor em sua plenitude, não escondendo a entrega que fazemos, quando amamos. Este soneto nos mostra-nos estes momentos.
A DANÇA/ Soneto XCVII
Não te amo como se fosses rosa de sal,
Topázio
Ou flechas de cravos que propagam
O fogo:
Amo-te como se amam certas coisas
Obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce
E leva
Dentro de si, oculta a luz daquelas
Flores,
E graças ao teu amor vive escuro em
Meu corpo
O apertado aroma que nasceu da
Terra.
Te amo sem saber como, nem quando,
Nem onde,
Te amo diretamente sem problemas
Nem orgulhos:
Assim te amo porque não sei amar de
Outra maneira,
Senão assim deste modo em que não
Sou nem és
Tão perto que tua mão sobre o meu peito
É minha
Tão perto que se fecham teus olhos com
Meu sonho.